quarta-feira, 24 de julho de 2013

Visita do papa Francisco ao Brasil. Abertura da JMJ leva mais de 500 mil jovens a Copacabana



Rio de Janeiro, 23 jul (EFE).- Mais de 500 mil jovens de todo o mundo assistiram nesta terça-feira na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, à missa de abertura da 28ª Jornada Mundial da Juventude, na qual foram recordadas as palavras de João Paulo II: 'América Latina: sê tu mesma!'.
O encontro mundial dos jovens católicos retornou à América Latina pela primeira vez desde a edição de 1987, em Buenos Aires. Agora, no Rio, centenas de milhares de pessoas, em sua imensa maioria latino-americanas, já esperam o momento de dar as boas-vindas oficial ao papa Francisco, o que ocorrerá na próxima quinta-feira.
Hoje, o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Laicos, de cujo dicastério dependem as Jornadas, e o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orami João Tempesta, abriram o encontro com uma grande missa na praia de Copacabana, em uma tarde cuja chuva e vento não desanimaram os presentes.
A cerimônia, à qual compareceram mais de 500 mil jovens, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, começou com a entrada da Cruz dos Jovens carregada nos ombros, assim como uma imagem de Nossa Senhora, em procissão.
A conhecida como 'Cruz dos Jovens' é de madeira, de quase quatro metros de altura, 1m75 de envergadura e 31 quilos. Foi entregue por João Paulo II aos jovens em 1984, na primeira JMJ, e desde então foi levada por todos os cantos do mundo, presidindo todas as edições.
A cerimônia de hoje também foi assistida por mais de cem dos 250 bispos previstos e várias centenas de sacerdotes.
'Esta é uma JMJ particular. Após 26 anos, volta à América Latina, um continente jovem, um continente da esperança', disse Rylko, que lembrou as palavras de João Paulo II na reunião de Buenos Aires, quando disse que tinha postas suas esperança na América Latina.
'Sois a esperança do papa, sois a esperança da Igreja. América Latina: sê tu mesma! Na tua fidelidade a Cristo, resiste àqueles que querem sufocar a tua vocação de esperança', disse João Paulo II naquela ocasião.
Rylko ressaltou que esta JMJ é muito 'particular', já que foi preparada por Bento XVI, que a princípio viria como papa. Como ele renunciou ao pontificado, quem a preside é Francisco, o primeiro papa latino-americano.
O cardeal destacou que a JMJ acontece aos pés da famosa estátua do Cristo Redentor, cujos 'braços abertos estão prontos a acolher todos vós'.
Rylko, na mesma linha que o papa Francisco - que dedicou esta terça a atividades privadas - pediu aos jovens que se deixem abraçar por Cristo, lhe confiem seus desejos, seus projetos de futuro, as alegrias mais íntimas, as decisões mais difíceis, os medos e as inquietações.
'Quem escolhe a Cristo, não perde nada, absolutamente nada, mas - ao contrário - ganha tudo e encontra a felicidade verdadeira e a vida em plenitude', ressaltou.
Rylko acrescentou - usando palavras de Francisco - que Cristo pede aos jovens para 'abandonar a nossa vida cômoda, derrubar os muros do nosso egoísmo, para ir com coragem às 'periferias' geográficas e existenciais do mundo, levando Cristo e o seu Evangelho'.
'Cristo precisa de vós, jovens! Precisa da vossa fé jovem, cheia de alegria e de entusiasmo missionário! Cristo conta com cada um de vós', destacou o cardeal.
O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, destacou que durante esta semana a cidade se transformou no centro de uma igreja jovem e viva, e convidou todos a serem 'protagonistas de um mundo novo', um mundo que 'necessita de jovens como vocês', chamados para formar uma nova geração que vive a fé e a transmite à seguinte'.
'Temos muitas barreiras e injustiças para superar. Vamos construir pontes ao invés de muros e obstáculos', afirmou. EFE
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