quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nova espécie de dinossauro 'narigudo' é descoberta nos EUA Cientistas dizem que animal, da família dos tricerátopos, era enorme e assustador, porém vegetariano.



Fósseis revelam como eram os animais pré-históricos.
"Megalossauro bucklandii" é o primeiro nome científico dado a uma espécie de dinossauro, registrado ainda em 1824 - apesar de o termo ter sido cunhado décadas mais tarde. Ele foi identificado a partir dos fósseis de uma mandíbula (detalhe à direita), alguns dentes e um osso do quadril encontrados na Inglaterra por William Buckland. Como se sabia pouco sobre os dinossauros no século 19, imaginava-se que o Megalossauro era, como adianta seu nome, um "grande lagarto" que rastejava sobre quatro patas (ilustração principal). Na verdade, o dinossauro era um bípede carnívoro que media 8 metros e tinha grandes e afiadas garras nas patas dianteiras e pescoço curto Reprodução
Uma equipe de cientistas americanos descobriu uma nova e incomum espécie de dinossauro no deserto do Estado americano de Utah, na região do meio-oeste dos Estados Unidos.
Com 5 metros de comprimento, o extinto animal, batizado de Nasutoceratops titusi é parte da família do triceratops, mas tem como características únicas a presença de um nariz enorme e chifres excepcionalmente grandes.
O estudo dos cientistas foi publicado no periódico especializado Proceedings, da Sociedade Real de Ciências Biológicas britânica.
Mark Loewen, da Universidade de Utah e do Museu de História Natural do mesmo Estado norte-americano, disse em entrevista à BBC que "este dinossauro nos deixou completamente surpresos". "Nós jamais teríamos previsto que ele fosse ter essas características - é tão fora do comum para este grupo de dinossauros."
Assustador e vegetariano
O fóssil foi descoberto em 2006, numa região desértica de Utah, mas os cientistas levaram anos para preparar e estudá-lo em detalhes.
Novo dinossauro chifrudo
    "Nasutoceratops titusi" tinham os maiores chifres, que se curvam para os lados e para frente, e o maior nariz do seu grupo
As rochas nas quais ele foi encontrado têm cerca de 75 milhões de anos, o que leva os especialistas a crer que ele teria vivido na Terra no período Cretáceo Tardio.
"Os chifres são, de longe, os maiores de qualquer membro de seu grupo de dinossauros - eles se curvam para os lados e para frente. Além disso, ele também tem o maior nariz de seu grupo", explica Loewen, acrescentando que o animal tem uma saliência atrás da cabeça.
Além dessas características distintas, o Nasutoceratops também era um animal forte, pesando até 2,5 toneladas, o que lhe dava uma aparência bastante intimadora.
Mas apesar de assustar, este dinossauro, assim como todos os outros triceratops, é herbívoro e estaria mais preocupado em buscar plantas em seus arredores pantanosos do que avançar sobre presas.
Continente perdido
O Nasutoceratops é apenas uma de várias espécies de dinossauros descobertas nesta região da América do Norte.
Acredita-se que o deserto onde ele foi encontrado teria sido parte de um continente chamado Laramídia, que já foi descrito como um "paraíso de fósseis".
Outras espécies vegetarianas, incluindo hadrossauros e outros dois tipos de dinossauros com chifres, foram encontradas perto do Nasutoceratops, sugerindo que elas podiam conviver.
"Todos os esses animais têm mais de 3 toneladas. Tinha-se um ambiente em que todos esses grandes herbívoros competiam por comida. Nós não temos certeza de como se podia alimentar todos esses animais, mas você encontra todos eles sobre as rochas ao mesmo tempo", diz Loewen, acrescentando que seus cientistas continuam encontrando novas e incomuns espécies no lugar.

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