sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sobram vagas de trabalho em BH, mas salários são baixos

Setor é porta de entrada de jovens no mundo do trabalho, o que gera grande rotatividade


Em Belo Horizonte sobram vagas para quem quer trabalhar de carteira assinada e não possui qualificação. Mas os salários deixam a desejar. Pelo menos três processos seletivos estão abertos ao mesmo tempo para recrutar mais de 1.500 funcionários. A maioria dos postos de trabalho é para atendimento em contact centers.
Na Contax, estão em aberto 698 vagas para operadores de telemarketing nas unidades Contorno e Prado. Para o mesmo cargo, a Almaviva disponibiliza atualmente 650 vagas. Em ambos os processos é oferecida remuneração a partir de um salário mínimo. Mas, por outro lado, os candidatos não precisam comprovar experiência e podem estar cursando o ensino médio.
Perfil
De acordo com o superintendente de desevolvimento profissional, Antônio Tozzo, o que a Almaviva busca “são estudantes do último ano do Ensino Médio ou recém-formados que estejam à procura do primeiro emprego”.
Ele reconhece que a remuneração e as características de ‘primeiro emprego’ do telemarketing gera grande rotatividade. “O funcionário passa a ter maior envolvimento com o mundo corporativo e, com o tempo, busca outras áreas para ter mais experiência”, explica.
Para o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação João Pinheiro, Plínio de Campos, as razões dessa rotatividade são as condições de trabalho e o baixo salário.
“É uma contradição, pois o desemprego em Belo Horizonte está muito baixo, entre 6% e 7%, e com vagas disponíveis. Determinados setores têm muitas vagas disponíveis, mas oferecem salários pouco atraentes (para funções) com pressão por resultados e sem dias certos de folga”, avaliou Campos.
No caso da entidade Ensino Social Profissionalizante (Espro), entidade de recrutamento sem fins lucrativos, as oportunidades em aberto são para jovens em condição social vulnerável. São oferecidas atualmente 1.576 vagas, mas espalhadas por todo o país, inclusive Belo Horizonte.
De acordo com a gerente da filial Espro MG, Margareth Pinto, os candidatos são aprovados pelas empresas que solicitam. “Eles são contratados como jovens aprendizes, trabalham quatro dias na semana em meio horário e têm um dia para fazer cursos na Espro”, explica.

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