Ao deixar o Rio de Janeiro depois do amistoso contra a Inglaterra, a Seleção Brasileira carregava com ela um peso extra por uma freguesia para times grandes. Nesta sexta, quase um mês depois, o time de Felipão voltará a treinar na capital fluminense para a final da Copa das Confederações com a moral elevada por uma sequência de cinco vitórias, três delas contra campeãs mundiais. No lado psicológico, o Brasil não poderia imaginar cenário melhor para enfrentar a Espanha neste domingo, no Maracanã.
Tal confiança pôde ser medido no discurso do goleiro Júlio César. O camisa 12 disse que enxerga o Brasil preparado para disputar uma final de torneio em um Maracanã lotado, o que no começo da preparação ainda estava distante. O Brasil está concentrado há um mês para treinos e para a Copa das Confederações.
“Eu acho que a Seleção chega bem. Foi uma competição que está sendo importante em todos os aspectos. A gente estava precisando disso. A gente espera dar sequência a esse trabalho que começou quando nos apresentamos para a Copa das Confederações. Agora é dar sequencia. Com uma vitória a gente vai trazer mais confiança para todos. Temos tudo para ganhar, pela tradição, por jogar em casa e estar bem preparado para a disputa”, afirmou.
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O ponto de virada desta Seleção, para Júlio César, ocorreu na vitória contra a França, em Porto Alegre, no segundo amistoso preparatório para o torneio. No atual ciclo para a Copa do Mundo de 2010, o Brasil chegou para a partida com um aproveitamento péssimo contra campeões mundiais, com derrotas para Argentina (2 vezes), Alemanha, França, Inglaterra e empate com a Itália.
Com o placar de 3 a 0 conquistado diante da França na Arena Grêmio, a história mudou da água para o vinho. Na caminhada até ao final da Copa das Confederações, a Seleção fez 4 a 2 na Itália e passou pelo Uruguai por 2 a 1 em um jogo em que, se não foi brilhante, conseguiu vencer mesmo sem jogar bem.
Desde então, Felipão passou a repetir uma mesma equipe titular e deu cara ao seu time. Contra o México, pela primeira vez desde a Copa do Mundo de 2010, a Seleção teve uma mesma escalação por três vezes e passou a impor um estilo de jogo ao adversário. Para Júlio César, a sequência recolocou o Brasil no cenário competitivo.
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“A partir da França, passamos a ter mais confiança. A gente estava sendo muito cobrado por não ganhar de um grande, e quando se martela muito acaba virando um peso. A partir deste momento, tudo mudou. O carinho que recebemos, o apoio em Porto Alegre, aquilo trouxe um alívio. Há muita coisa para ser feito, não atingimos o melhor. Mas encontramos uma forma de jogar, os jogadores estão cientes do que tem que fazer”, afirmou.
Desta forma, a avaliação dentro da Seleção Brasileira é de que não poderia haver melhor hora para desafiar a Espanha, a última campeã mundial que a atual geração não enfrentou. Os espanhóis são os atuais bichos-papões do futebol mundial com as recentes conquistas Copa e das duas Eurocopas. E tem, para Júlio César, aquilo que antes estava em falta para o Brasil: “o ponto forte deles é a confiança”.
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